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Muitos pacientes perguntam se a correção obtida com o tratamento ortodôntico é para sempre. Mas, o nosso corpo está em constante mudança. Nada é estável. E as recidivas ortodônticas continuam a ser um dos maiores desafios da ortodontia atual.

Naturalmente, não significa que todos os tratamentos ortodônticos estejam condenados a recidivar. Com os devidos cuidados e planeamento pode ter um sorriso lindo por muito tempo e pode não voltar a precisar de tratamento ortodôntico. Vamos analisar as causas e como podemos prevenir as recidivas.

Na realidade a prevenção é tanto responsabilidade do Médico Dentista como do paciente!

Mas, o que realmente determina a longevidade e estabilidade de um tratamento ortodôntico?

1. Oclusão dentária

Uma adequada posição dentária final é fundamental para a estabilidade do tratamento. Para isto é fundamental um correto diagnóstico e um bom plano de tratamento. A posição final dos dentes relativamente à estrutura óssea envolvente e a forma como os dentes se posicionam uns em relação aos outros (oclusão) vão afetar a estabilidade do tratamento.

2. Fatores fisiológicos

Ao longo da vida ocorrem alterações nos maxilares, tecidos moles e nos dentes. Estas alterações afetam a posição dentária. Assim, é fácil perceber que os dentes vão sofrer pressões resultantes das mudanças que ocorrem ao longo de toda a vida. Mesmo quem nunca fez ortodontia pode observar que, ao longo da vida, os dentes tendem a mover-se, de forma mais ou menos discreta, como resultado do crescimento e do envelhecimento.

3. Causas funcionais

A boca é uma estrutura dinâmica, pela sua própria funcionalidade. Ou seja, todos os dias falamos, mastigamos, etc., e, no exercício destas funções, há uma relação bidirecional entre a posição e a força exercida pela língua, bochecha e músculos de mastigação. Nesta equação, temos ainda de considerar hábitos, como por exemplo, bruxismo, fumar, roer canetas, roer unhas, etc. Todos estes movimentos e estímulos vão competir com a estabilidade final do tratamento. Em teoria, a posição final dos dentes após o tratamento deve estar na “zona neutra” de forças. Quanto mais longe desta “zona neutra” estiverem os dentes, maior o risco de recidiva.

4. Fatores periodontais

Quando os dentes são movimentados durante o tratamento ortodôntico existe remodelação dos tecidos adjacentes. Finalizado o movimento, demora algum tempo até que esses tecidos estabilizem. A prevenção da recidiva nesse período, que pode durar vários meses, é crucial! Doenças periodontais também podem contribuir para uma instabilidade da posição dentária.

Como prevenir a recidiva ortodôntica?

1. Bom planeamento do tratamento ortodôntico

As etapas do tratamento e a posição final do tratamento são fundamentais para a estabilidade do processo.

2. Contenções ortodônticas

Após a conclusão do tratamento ortodôntico, o paciente deve usar contenções que podem ser de dois tipos: removíveis e fixas. Dentro das contenções removíveis existem as clássicas plaquinhas de acrílico com um arame que abraça os dentes ou as cada vez mais usadas contenções transparentes, que abraçam completamente os dentes e são em aparência similares aos alinhadores ortodônticos tipo Invisalign. As contenções fixas, férulas, não são passíveis de remoção pelo paciente. Usualmente, são finas estruturas metálicas aderidas à superfície do dente pelo lado lingual.

3. Consultas periódicas de acompanhamento

As consultas de acompanhamento são fundamentais para a longevidade do tratamento e até para um diagnóstico precoce de uma recidiva. Nestas consultas, o Médico Dentista vai observar se a posição dentária se mantém estável e avalia o estado das contenções. Pontualmente, as contenções podem necessitar de reparação ou substituição. Por exemplo, férulas descoladas ou fraturadas necessitam de reparação.

Com um bom tratamento ortodôntico e acompanhamento periódico pós-tratamento com o seu Médico Dentista, o risco de recidiva é minimizado. Mas, se acontecer, saiba que o diagnóstico precoce permitirá sempre uma resolução mais rápida e mais simples. Atualmente, temos procedimentos com alinhadores invisíveis que permitem corrigir algumas recidivas em poucos meses.

Até breve!

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Dr.ª Sónia Esteves

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